Vimos a sua estrela e viemos para adorá-lo!

O que significa para você o nascimento de Cristo Jesus? Pense na celebração além das luzes, das programações especiais da TV, das árvores enfeitadas, da figura do velhinho que distribui presentes. JESUS, O SALVADOR, NASCEU! Essa é a mensagem que deve nos atrair todos os dias!

O Evangelho escrito por Mateus, assim com em Lucas, narra o acontecimento do nascimento de Jesus Cristo! Cada um dos evangelistas nos dá detalhes sobre essa ocasião tão especial. Mas, algo que é comum nos dois relatos é a forma como Deus está atraindo pessoas humildes de forma sobrenatural até o Seu Filho e como estes que são atraídos por Ele se alegram por estar na Sua presença.

Dentre aqueles que foram atraídos para essa ocasião marcante na história dos homens, Mateus relata sobre alguns magos habitantes de terras distantes que viram a luz da estrela reluzindo no céu e foram guiados até onde Jesus estava (Mt 2.1-2).

Esses homens, que pouco se sabe deles, depois de receberem um sinal sobrenatural, percorrem um longo caminho de viagem em busca do Rei dos Judeus que havia nascido nesse mundo. Mas, Mateus vai apresentar também no seu texto um triste contraste entre esses homens viajantes e aqueles que, embora estivessem geograficamente tão perto, não viram essa mesma luz brilhar e não foram atraídos por ela.

1) Herodes, figura da alta posição, não viu a luz brilhar

A história relata esse Herodes como um homem astuto e cruel. Embora sua capacidade para governar e liderar com autoridade suas tropas fosse notável, Herodes também era um homem terrivelmente astuto e cruel. Seu trono havia sido conquistado de forma muito articulada, através de diversas alianças para se manter no poder, diversos casamentos. Não obstante, sua ganância pelo poder era tão grande que, a qualquer suspeita de ameaça ao seu trono, essa pessoa era rapidamente combatida e executada. Inclusive, membros da sua própria família.

E esse é o motivo pelo qual Herodes, ao saber da notícia do nascimento de um novo rei dos judeus, ele se perturba grandemente. Herodes é a figura daqueles que amam mais a glória e os tronos desse mundo, do que a glória de Deus e uma vida eterna com o Senhor. Esses não podem suportar a ideia de um Senhor que governe sobre eles, que direcione a maneira como devem viver, servir e adorar.

2) Os judeus, figuras da distração e da rejeição, não viram a luz brilhar

Mateus continua dizendo que, ao saber da notícia, não só Herodes se perturbou, mas também com ele toda a Jerusalém. Porque Jerusalém estava perturbada com aquela boa-nova? Naquela ocasião, o anuncio da chegada do verdadeiro Rei se tornou um motivo de perturbação para os judeus porque eles estavam debaixo do governo de um rei tirano e perverso.

Por esse motivo, ao invés da cidade se alegrar e festejar pelo cumprimento das profecias, ela agora teme e se prepara para o pior. Um clima de tensão e insegurança paira no ar. Como Herodes vai reagir a essa notícia? O que ele será capaz de fazer?

De faro, esse é o sentimento quando quem governa sobre nossas vidas não é o Senhor dos senhores, o Rei dos reis! O pavor, o pânico, a insegurança, o medo, e a sensação de que tudo vai piorar estão sempre batendo a porta. O versículo 16 justifica todo o medo dos judeus. Diz o texto que Herodes enfurecido por ter sido iludido pelos magos mandou matar todos os meninos de Belém e dos seus arredores. Que terrível! Que opressão!

3) Os sacerdotes e escribas, figuras do conhecimento e da religião, não viram a luz brilhar

Herodes, ao tomar conhecimento dos fatos que estavam para acontecer, inteligentemente e de forma cautelosa procura os representantes da igreja da sua época. Os doutores, mestres, estudiosos, aqueles que conheciam bem as Escrituras, a tradição e a religião. Não obstante Herodes estivesse com um coração corrompido pela ganância e maldade, ele demonstrou um cuidado que pouco se vê nos nossos dias. Mas se, por um lado, Herodes teve uma atitude sensata em procurar os sacerdotes e escribas, por outro, ele encontrou também pessoas incrédulas e com corações fechados para a verdadeira luz.

Os escribas e sacerdotes dos tempos de Cristo eram homens gananciosos e soberbos, que detinham uma falsa aparência de piedade e de adoração, mas que estavam com seus corações distantes de Deus. Em várias oportunidades o Senhor vai aparecer repreendendo esses homens, dizendo: Hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!… Hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens! (Mateus 23:13,27)

Isso significa que a revelação do Cristo Salvador não se alcança por um simples conhecimento intelectual, mas é sobrenatural. O conhecimento do Salvador Jesus ocorre quando o próprio Deus se revela ao pecador. Jesus disse aos discípulos: “Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11:27).

4) Os magos do Oriente, símbolos de fé e adoração, foram atraídos pela luz que viram brilhar

O versículo 2 demonstra a busca dos corações daqueles viajantes: “Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.” (Mateus 2.2)

Esses magos (conhecidos também como sábios ou estudiosos dos corpos celestes), por algum meio sobrenatural, dentro dos planos eternos de Deus, tiveram o conhecimento da Luz do grande Rei que tinha vindo ao mundo. A visão sobrenatural dessa luz associada a fé daqueles homens, fez com que eles percorressem um longo caminho até o lugar onde Jesus, o Filho de Deus, estava.

A estrela era o sinal que apontava para aquele que resplandece Sua própria luz, aquele que é o Salvador não apenas dos judeus, mas de todos os povos! Jesus é aquele que veio confundir os orgulhosos e poderosos dessa terra, sacudir os que estão distraídos e indiferentes a Sua palavra e apanhar o sábio em sua própria loucura. O profeta Isaías fala desse momento alegre, dizendo: “Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade […] O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz” (Isaías 9:1,2).

João descreve a Cristo ao escrever que: “A vida estava nele e a vida era a luz dos homens… A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela… (João 1:4,5)… Ele é a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (João 1:9).

Mas algo que o texto ainda relata é que aqueles homens viajantes, ao se apresentarem diante do Filho de Deus, eles se prostram e entregam presentes a Ele. Qual o seu presente para Cristo? A mensagem do Natal é também um convite a ofertar a nossas vidas ao Senhor. Este é o melhor presente que você poderia dar ao Rei que um dia nasceu entre nós: “Dá-me, filho meu, o teu coração” (Provérbios 23:26).

Pr. Fabio Formagini

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